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Chamada de SALt (Sustainable Alternative Lighting), que, em português, significa Iluminação Alternativa Sustentável, a lâmpada fornece uma alternativa responsável e ecológica para iluminar seu país, principalmente por usar uma fonte de luz alternativa adequada para pessoas em áreas costeiras. Sua ideia surgiu depois de passar algum tempo com os moradores da tribo Butbut, na província de Kalinga, onde não há acesso à eletricidade.
A lâmpada, aparentemente, pode funcionar por oito horas com apenas duas colheres de sopa de sal e um copo de água. “Ela é feita de compostos experimentais e aperfeiçoamentos químicos, catalisadores e ligas de metais que, quando submersos em eletrólitos, geram eletricidade”, explicou Mijeno. A ideia subjacente é a conversão química de energia. Mas, ao mesmo tempo que funciona pelo princípio científico da célula galvânica, ela não é tóxica – por fazer uso de uma solução salina inofensiva -, ao contrário de eletrólitos perigosos.
Esta lâmpada de água salgada não só torna a iluminação disponível em áreas remotas, como também é muito mais barata do que querosene ou lâmpadas elétricas convencionais; é consideravelmente mais segura, pois não possui componentes e compostos que podem pegar fogo; e, mais importante, é inofensiva ao meio ambiente, não emitindo gases tóxicos. “Este não é apenas um produto, é um movimento social”, exaltou Mijeno.
Embora a lâmpada de sal ainda não esteja sendo produzida em massa, já recebeu reconhecimento global. Mijeno ganhou vários prêmios e concursos nas Filipinas, no Japão, em Singapura, na Coréia do Sul e noutros países. Temos aqui uma boa ideia de sustentabilidade a preço barato.
Agora, o principal desafio de Mijeno é encontrar uma maneira de fabricar a lâmpada para que ela permaneça durável, econômica e fácil de ser mantida. Caso consiga levar adiante o projeto, a SALt pode produzir cerca de 90 lumens de luz por apenas 16 euros, com o custo de mais 2,5 euros (11 reais) para substituir o ânodo de seis em seis meses. SALt também possui uma porta USB que pode ser usada para carregar telefones celulares ou outros dispositivos elétricos. Se tudo correr conforme o planejado, Mijeno acredita que o produto deve estar disponível no mercado em 2016.
“Lâmpadas (de querosene) podem causar acidentes envolvendo fogo. Queremos oferecer uma opção de iluminação que é mais rentável, segura e sustentável por meio de uma lanterna que usa soro fisiológico ou água do oceano como catalisador para gerar eletricidade. Imaginem só, caso possamos fornecer energia para uma ilha inteira usando água do oceano. Isso é o que nós estamos tentando fazer no momento”, concluiu ela.
Fonte:
Jornal da Ciência