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A cura

Paracelsus: "O que cura é o amor."

Moçambique: Ratos gigantes detectam tuberculosos

Segunda-feira, 23.05.16

Em Setembro de 2015, o governo de Moçambique anunciou que o país estava livre de minas antipessoais. Parte deste trabalho foi possível graças a um rato do tamanho de um gato, o Cricetomys, capaz de detectar explosivos. Contudo, a sua missão de salvar vidas humanas ainda não acabou. O roedor está a ser treinado para detectar casos de tuberculose, a doença que mais pessoas tem infectado no Leste de África.

Da ponta do focinho até ao fim do dorso ele pode ter entre 24 a 45 centímetros de comprimento, a que se junta uma longa cauda capaz de atingir os 46 centímetros. De aspecto felpudo e com bigode, este mamífero pesa entre 1 e 1,5 quilogramas. Com estas características, até parece que estamos a descrever um gato doméstico, mas não é o caso. O roedor em causa, do géneroCricetomys, é bastante comum na África subsariana, sendo conhecido pelas suas fartas bochechas, parecidas com sacos quando estão cheias.

De hábitos nocturnos, este omnívoro alimenta-se, principalmente, de vegetação e insectos, embora tenha um gosto peculiar por nozes de palmeira. Contudo, foi o seu olfacto apurado que chamou a atenção da APOPO, uma organização não-governamental, sedeada na Bélgica, que em 2003 começou a usar os roedores para detectar minas antipessoais em Moçambique. Estima-se que estes engenhos tenham ceifado a vida e mutilado milhares de moçambicanos – faltam números fidedignos – desde 1992, ano em que foi assinado o Acordo Geral de Paz entre a FRELIMO e a RENAMO, colocando fim à guerra civil.

Mais especificamente, cada espécime do Cricetomys é treinado durante nove meses para cheirar e detectar o Trinitrotolueno (mais conhecido por TNT), um composto químico que está presente nas minas antipessoais: centenas de milhares destes explosivos, enterrados em território moçambicano durante o período da luta pela independência e ao longo da guerra civil que depois devastou a nação, mantiveram-se escondidos até há pouco tempo. Por serem tão leves, as dezenas de ratos utilizados pela APOPO foram capazes de palmilhar os terrenos minados sem despoletar os engenhos. Depois de os assinalarem, entravam em acção os especialistas em desminagem, com a tarefa de os desarmadilhar e remover.

Cada um destes bichos de pêlo e cauda consegue analisar em 20 minutos uma área de quase 200 metros quadrados, algo que um perito humano só faz em quatro dias. Graças a eles, mais de 13 mil minas foram desactivadas, num total de 11 milhões de metros quadrados, tornando estas terras outra vez seguras para serem usadas.

Depois das minas, um novo perigo: a tuberculose

Contudo, o fim deste velho perigo não colocou um ponto final no trabalho de salvar vidas protagonizado pelos roedores da APOPO. Existe uma nova e mortífera ameaça, igualmente capaz de manter-se escondida de quase todos, mas para a encontrar é preciso vasculhar o organismo humano. De momento, a tuberculose é a doença que mais humanos infecta e mata no Leste de África, tendo já ultrapassado o VIH/Sida.

Na prática, a tuberculose é fácil de prevenir, mas quando faltam dinheiro e estruturas organizadas para a combater, a que se junta a forma negligente como grande parte da população olha para este mal, a situação agudiza-se. É o que sucede em Moçambique e na vizinha Tanzânia, dois países que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são dos que mais sofrem devido à doença, com 58.270 e 63.151 novos casos detectados em 2014, respectivamente. No mundo inteiro, à volta de nove milhões de pessoas são infectadas todos os anos, com o balanço de mortos a ascender a dois milhões.

Nas comunidades onde os testes de diagnóstico não são realizados de forma adequada, estima-se que metade dos casos de tuberculose passem despercebidos. Nas prisões da Tanzânia, do Maláui e da Costa do Marfim o número de infectados chega a ser dez vezes superior ao da população em geral, em parte devido à sua sobrelotação, indicam alguns estudos. Moçambique não escapa a este problema. O que fazer?

Os novos roedores, estão a ser testados se são capazes de cheirar amostras vindas dos prisioneiros e assinalar se estes têm, ou não, tuberculose. O objectivo passa por criar um método de detecção simples, barato e capaz de analisar várias pessoas em pouco tempo, ideal para países com poucos recursos.

Cheirar o muco que vem da boca

O método está a ser testado nas prisões de Moçambique e da Tanzânia, tendo já sido analisadas mais de 340 mil amostras, responsáveis por impedir 36 mil novas infecções, refere a agência de notícias Reuters. Um sucesso, com as taxas de detecção a aumentarem consideravelmente.

Enquanto um técnico demora cerca de quatro dias a detectar uma possível situação de tuberculose, um rato treinado pela APOPO consegue analisar cem amostras em 20 minutos, assinalando os casos suspeitos. As amostras visadas são depois enviadas a um laboratório, para posterior confirmação. Tudo isto a um custo relativamente baixo.

Os ratos, são submetidos a vários estímulos e aprendem a socializar e a interagir com os seres humanos. Em seguida, são ensinados a reconhecer a presença dos bacilos da tuberculose no muco (as amostras) expelido das vias aéreas inferiores, quando se tosse: este muco é popularmente conhecido pelo nome de “escarro”. Quando têm sucesso na detecção, são recompensados.

Os verdadeiros testes de despistagem começam quando um rato é colocado à frente de uma fila composta por dez amostras de muco, vindos de casos suspeitos, com a tuberculose a ser detectada quando o mamífero fica sobre a mostra infectada durante três segundos. A crer na organização não-governamental que os treina, a sua eficácia na detecção da doença é de quase 100%, embora não sejam capazes de distinguir diferentes estirpes de tuberculose.

“Vamos depois expandir o programa a todas as prisões, bairros-de-lata, fábricas e demais lugares da Tanzânia, Moçambique e outros países fortemente afectados pela tuberculose, assim como [levá-los] a grupos de risco, como é o caso dos indivíduos com VIH/Sida”, adianta. Ao fim e ao cabo, o que se pretende é “salvar vidas por todo o mundo e a baixo custo”.

Até ao momento, foram treinados 59 ratos para esta missão de rastreio, no centro de treino e investigação da APOPO em Morogoro, na Tanzânia. Nove deles foram depois transportados para Maputo, em Moçambique. 

Que outros planos estão reservados para o futuro? Capacitar o Cricetomys para detectar outras doenças, como o cancro.

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