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Muito mais do que o cansaço e o despertador, são o ambiente social e o relógio biológico que determinam quando uma pessoa vai dormir ou acorda. E há também fatores genéticos: uns precisam dormir menos que os outros.
As pessoas em Singapura e no Japão são as que menos dormem durante a noite, em média 7 horas e 24 minutos e 7 horas e 30 minutos, respectivamente. Os brasileiros, com 7 horas e 36 minutos, também estão entre os que têm o sono mais curto. Os alemães descansam um pouco mais: dormem em média 7 horas e 45 minutos por noite. Já os holandeses são os que mais dormem: 8 horas e 12 minutos.
A pesquisa foi feita a partir de um estudo de padrões, instalado nos smartphones de milhares de voluntários em 20 países e mostrou que cada meia hora a mais ou a menos de sono tem grandes efeitos sobre o desempenho do cérebro e também sobre a saúde, no longo prazo.
Hora de dormir e de acordar
Ao analisar os padrões de sono de 5,5 mil voluntários, os pesquisadores puderam notar que a hora de dormir geralmente não é determinada pelo cansaço físico, mas pelo ambiente e por normas sociais. "Todas as informações indicam que é a sociedade que regula a hora de dormir, e o relógio biológico, a hora de acordar. E que ir dormir mais tarde leva à perda de horas dormidas", observou um dos autores da pesquisa, o matemático Daniel Forger.
Compromissos na parte da manhã, como trabalho, escola e cuidar das crianças, influenciam, mas não são os únicos fatores que levam uma pessoa a despertar. Segundo a pesquisa, o relógio biológico têm um efeito maior sobre a hora de levantar do que o despertador.
Além dele, há a predisposição genética de cada um – algumas pessoas precisam de poucas horas de sono, outras, de muitas – e o cronótipo de cada pessoa – algumas são madrugadoras, outras "rendem mais" de tarde ou à noite. Tais fatores também devem ser levados em conta, pois desempenham um papel importante para determinar a hora de domir, além das influências do meio social.
Sono afecta o desempenho
O estudo mostrou ainda que homens de meia idade são os que dormem menos, muitas vezes bem abaixo das 7 ou 8 horas recomendadas. Entre os 30 e os 60 anos, as mulheres dormem cerca de 30 minutos a mais do que os homens.
O estudo mostrou que a falta de sono pode reduzir significativamente o desempenho de uma pessoa.
Bastam alguns dias de sono atrasado para uma pessoa se sentir como se estivesse bêbada, no entanto, as pessoas fatigadas raramente percebem isso e exageram na hora de avaliar a sua disposição.
O objetivo inicial do estudo era ajudar as pessoas a lidar com os efeitos da fadiga causada pela mudança de fuso horário em viagens. Os participantes informam ao aplicativo sua localização, as horas em que deitam e acordam e quantos tempo ficaram em ambientes fechados ou ao ar livre.
Fontes:
dw
RC/dpa/ots