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O que se passa de relevante no mundo.
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Imagem:mnogolok
São estas as virtudes que fazem evoluir a humanidade:
- A bondade, o desapego, a esperança, a fé (em si mesmo), a generosidade, a humildade, a indulgência (capacidade em perdoar), a justiça e a pureza.
Também se pode considerar as seguintes virtudes:
O oposto das virtudes acima mencionadas são:
AS PAIXÕES HUMANAS no PLANO EMOCIONAL
Como foi visto no texto anterior, cada tipo distorce a Idéia Divina com a qual está afinado, desenvolvendo uma idéia fixa a partir da qual interpreta a vida. Aprisionado a uma interpretação mental o tipo acaba por criar uma atmosfera emocional que permeia todas as suas manifestações com sentimentos compulsivos e assim atua reativamente diante da vida. As emoções deturpadas constituem as paixões de cada tipo, que a elas se agarram como forma de compensar e justificar seus vazios emocionais e o trabalho a realizar aqui é reconhecer sua paixão e buscar desenvolver a virtude que a ela se contrapõe no nível do ser.
Vejamos, então, como se manifestam as paixões de cada um dos tipos.
Tipo 1: Fixado em seu perfeccionismo, tipo 1 não admite errar, não admite ser julgado como falho, e desenvolve por isto um sentimento de raiva não explicitamente manifesta que se traduz numa IRA permanente que o castiga com cobranças internas por não ser perfeito. Da mesma forma também não é capaz de aceitar as “imperfeições” alheias, imperfeições que são apenas maneiras diferentes de agir e que, na sua rigidez, não é capaz de entender ou admitir. A contrapartida desta IRA seria a virtude da SERENIDADE traduzida por uma ausência de expectativa de perfeição, uma capacidade de flexibilidade, de abertura para outras maneiras de ser que não as suas rígidas normas e regras.
Tipo 2: Insaciável em sua necessidade de agradar, de se fazer necessário, tipo 2 tem por paixão o ORGULHO de se achar com capacidade de amar mais que os outros, de ser capaz de tudo suportar mais que os outros, de saber doar-se mais que os outros. E no íntimo espera ser reconhecido, reverenciado, julgando-se insubstituível e merecedor de todas as honras, pois desconhece a virtude da HUMILDADE uma vez que, em sua fixação mental, acredita que a sua vontade é que deve prevalecer sobre os outros.
Tipo 3: A paixão do tipo 3 é viver na ILUSÃO, na MENTIRA que propaga sobre si mesmo de ser ele “O melhor”. Ele vive para a construção de uma imagem que convença ao mundo de seu valor enquanto ele próprio tem dúvidas e sabe que representa um papel, um personagem. Viver na sua real dimensão é o desafio que tipo 3 precisa enfrentar para desenvolver a virtude da VERDADE e ter sua paz interior.
Tipo 4: Fixado em sua melancolia e carência, tipo 4 vive como emoção dominante a INVEJA de achar que “O mundo” tem o que lhe foi negado. Vive preso ao passado ou na expectativa do futuro, e em sua insatisfação permanente desconhece a virtude da EQUANIMIDADE, a capacidade de avaliar com isenção suas reais necessidades, contentar-se e viver seu presente sem uma visão melodramática da vida.
Tipo 5: Fixado em seu mecanismo de isolamento, o tipo 5 acaba por fazer da AVAREZA sua paixão dominante. Avareza no sentido de precisar manter distância para não ter que compartilhar sentimentos com o mundo. Avareza no sentido de preservar seus saberes, no sentido de limitar ao mínimo suas necessidades e não ter que envolver-se com os outros ficando limitado ao seu universo mental; e deixando de desenvolver a virtude do DESAPEGO que lhe permitiria experienciar a troca e o envolvimento como a verdadeira riqueza da vida.
Tipo 6: Sendo um incrédulo constantemente assaltado por dúvidas que dominam sua mente, tipo 6 vive angustiado por medos de toda ordem. O MEDO é sua marca, é a paixão que domina seu mundo emocional mesmo quando o esconde de si mesmo em rasgos de audácia e ousadia que caracterizam os do subgrupo chamados contra-fóbicos. Falta ao tipo 6 a virtude da CORAGEM. Coragem de agir com base na fé, na certeza interior o que lhe permitiria ter confiança na vida.
Tipo 7: Mentalmente fixado na idéia de sempre tirar o melhor proveito da vida, o tipo 7 tem por paixão a GULA que se revela numa insaciedade, numa voracidade em aproveitar de tudo, numa necessidade de acumular o que puder para seu deleite físico ou mental; esquecido da virtude da SOBRIEDADE, que é a qualidade de saber selecionar e dosar a medida certa e suficiente das coisas sem perder-se nos excessos e poder realizar-se nos diferentes planos da vida.
Tipo 8: Acreditando na idéia de que o mundo é dos fortes, dos poderosos, vingativos, o tipo 8 faz da LUXÚRIA sua paixão lançando-se com intensidade, até ao esgotamento, em tudo o que faz. E isso, esquecido de olhar o mundo com a INOCÊNCIA do se deixar levar, sem a necessidade de exercer seu poder e controle sobre tudo e todos, e assim ser capaz de desfrutar sua paz interior.
Tipo 9: Acreditando na bondade, na reciprocidade que deveria naturalmente tudo permear na vida, tipo 9 faz da INDOLÊNCIA sua paixão. A indolência no sentido de não querer incomodar-se com problemas, e não querer enfrentar conflitos, de abrir mão de suas vontades ou necessidades, se com isto deixar bem aos outros para que ele possa permanecer tranquilo. Neste processo, tipo 9 esquece a virtude da AÇÃO CORRETA. A virtude de estar alerta, atento a si mesmo no momento certo, na hora exata para não ficar como expectador da vida e poder fazer as coisas acontecerem a seu favor.
OS INSTINTOS no PLANO FÍSICO
Três são os instintos que capacitam ao homem viver no mundo:
Auto-preservação: ocupação com segurança e sobrevivência
Social: ocupação com posição e reconhecimento social
Sexual: ocupação com relacionamentos e intimidade
As situações experimentadas nos primeiros anos de vida são fundamentais no reforço de um destes instintos, marcando de forma mais forte a paixão de cada tipo e fazendo aparecer três subtipos para cada um deles. Assim teremos tipos 1, 2, 3 etc. com manifestações diferenciadas de acordo com o instinto dominante seja ele de preservação, social ou sexual.
As experiências instintivas vividas na primeira infância, sejam elas positivas ou negativas, são marcantes e nos acompanham pela vida fazendo-nos reagir aos fatos do presente com padrões registrados no passado pela memória. E, sendo ela emocional, determina a maneira apaixonada com que interpretamos e reagimos aos acontecimentos atuais.
Os instintos em nós estão assim contaminados pelas experiências que carregamos, e deste modo seguimos pela vida sem capacidade de sermos naturais; só um trabalho consciente de observação e não-identificação pode resgatar o nosso agir espontâneo nas áreas instintivas, favorecendo o florescer das virtudes próprias do ser.
Fontes:
Omraam
Vida
Therezinha Menescal
Terapias de Caminhos