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A cura

Paracelsus: "O que cura é o amor."

A História de Enoch

Quarta-feira, 23.05.18

Muitos poucos seres humanos leram Enoch e ainda menoos foram os que o entenderam

Imagem:portalarcoiris.

 


Quem é esse Enoch?

Em As Antigas Lendas dos Judeus, Enoch é um "rei acima de todos os homens", que reinou por exatamente 243 anos. No livro do Gênese, Enoch é mencionado como um dos dez patriarcas que reinaram antes do Dilúvio. Na Bíblia, Enoch é tratado em cinco sentenças. Gênese 5:21-24: (21)

"Quando Enoch estava com 65 anos, tornou-se pai de Matusalém. (22) E depois de se tornar pai de Matusalém, Enoch caminhou com Deus por 300 anos e teve outros filhos e filhas. (23) Ao todo, Enoch viveu 365 anos. (24) Ele caminhou com Deus, e depois não mais, porque Deus o levou embora." Exatamente isso: num piscar de olhos. No idioma hebraico, a palavra Enoch significa "o iniciado", "o perspicaz", ou "o habilidoso". E este iniciado certificou-se - Deus seja louvado! - de que seu conhecimento não desaparecesse com ele, para desgosto dos tolos que prefeririam que Enoch e todo o seu conhecimento sumissem como fumaça. Porque Enoch é pura dinamite para a sociedade atual - e é aí que começa o problema. Mas vamos voltar atrás um pouquinho: o que os outros povos, fora os israelitas, têm a dizer sobre Enoch? No antigo Egito, Enoch foi o construtor da Grande Pirâmide, ou pelo menos é essa a reivindicação feita por Taqi al-Din Ahmad ibn Ali ibn Abd Al-Qadir ibn Muhammad al-Maqrizi (1363-1442), em sua obra Khitat. Ele observa que Enoch era conhecido por diferentes nomes entre diferentes povos: Saurid, Hermes, Idris e Enoch. Eis a passagem do Khitat, capítulo 33: ... o primeiro Hermes, chamado de três vezes grande por sua capacidade como profeta, rei e sábio (é aquele que os hebreus chamam de Enoch, filho de Jared, filho de Mahalel, filho de Kenan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão - louvado seja o seu nome - e que é Idris), leu nas estrelas que viria o Dilúvio. Então, construiu as pirâmides e escondeu dentro delas tesouros, livros eruditos e tudo o que ele temia que, de outro modo, pudesse se perder, para que essas coisas permanecessem seguras [grifos do autor]. Segundo a lista de reis sumérios "WB444", um bloco de pedra gravado que pode ser admirado no Museu Britânico, em Londres, 10 grandes reis reinaram entre a Criação e o Dilúvio. A extensão de tempo de seus reinados foi de 456.000 anos. Após o Dilúvio, a realeza desceu uma vez mais do céu, segundo a lista de reis sumérios. Parecia que eles gostavam do planeta azul. Os 23 reis que ocuparam o trono após o Dilúvio reinaram por um período menor, mas não menos significativo: 24.510 anos, três meses e três dias e meio. Diz-se que o sétimo dos regentes anteriores ao Dilúvio viveu na cidade do sol, Sippar. Também se diz que os deuses Shamash e Adad o escolheram para ser o primeiro a aprender a arte da escrita e da profecia. Este sétimo rei, segundo a Bíblia, teria sido Enoch. A fama deste sétimo rei era tão grande que, nos últimos dias do grande rei babilônio Nabucodonosor I (por volta de 1.100 a.C.) dizia-se que a linhagem sanguínea deste derivava daquele. Traduções de escritos cuneiformes realizadas nas últimas décadas revelaram que foi precisamente este sétimo rei "que subiu ao céu", como Enoch. Especialistas em cultura suméria, como os teólogos, nadando nas correntes da racionalidade contemporânea, interpretam isso como uma espécie de "abdução", e descrevem os textos cuneiformes como sendo "o registro mais antigo de uma ascensão". A figura deste sétimo regente da cidade do sol, Sippar "inspirou a fantasia religiosa e a fabulação do judaísmo posterior." A prova disso é a coalescência de vários fragmentos dos diversos livros de Enoch. Mas agora lhe mostrarei porque este conceito está um pouco longe da verdade.

 

 

A DESCOBERTA DO LIVRO DE ENOCH

A notícia de que o Livro de Enoch tinha sido encontrado chegou à Europa na primeira metade do século XVIII. Quando explorava a África, o aventureiro escocês James Bruce (1730-1794) não apenas encontrou a nascente do Nilo Azul, como trouxe para Londres três cópias de um texto de Enoch. Os textos foram traduzidos para um inglês pobre pelo professor Richard Laurence, mas Enoch não se tornou assunto de discussão científica até que o orientalista alemão e teólogo protestante August Dillman (1823-1894) traduziu os pergaminhos para o alemão. Desde então, mais de 30 etíopes foram acrescentados aos documentos originais. Mas em que lugar Bruce colocou as mãos nesses textos? Quando os padres da igreja editaram - ou, para usar o termo técnico, canonizaram - a Bíblia, no século IV, tiveram em mãos muito mais textos do que aparecem hoje na Bíblia. Mas muitos desses textos estavam incompletos, possuíam falhas ou eram incompreensíveis. Assim, tais fragmentos não foram acrescentados à Bíblia. Contudo, esses textos rejeitados não foram simplesmente jogados fora. Foram apenas colocados de lado, incluindo os textos de Enoch, e passaram a ser chamados de "Apócrifos e Pseudo-epigráficos do Velho Testamento". A igreja abissínia, por outro lado, adotou os textos de Enoch em seus cânones - uma boa razão para o fato de James Bruce tê- los encontrado na Etiópia. Posteriormente, uma variante eslava do mesmo livro de Enoch apareceu, e comparações altamente acadêmicas revelaram que as similaridades dos aspectos fundamentais dos dois livros poderiam apenas ser atribuídas à autoria comum. E foi aí que começaram os argumentos teológicos. O Livro de Enoch descreve muitas coisas impossíveis: viagens para o céu, visitas a outros mundos, ensinamentos astronômicos, conversas com "anjos", um ser que tinha a denominação de "Mais Elevado" e tribunais para "anjos caídos" e homens. O que significa tudo isso? Teólogos e acadêmicos clássicos, homens com habilidades linguísticas fenomenais, mais ainda seguindo seus "theos logos" e psicologia religiosa, todos buscavam soluções. O que mais poderiam fazer? As descrições de Enoch foram transformadas em "parábolas" (algumas vezes chamadas de "similitudes"), "visões", "inspirações", "sonhos", "invenções", "histórias", ou - e esta é verdadeiramente a cereja do bolo - diz-se que todo o livro de Enoch é o trabalho de vários sacerdotes judeus e o livro inteiro é simplesmente uma "personificação da raça judia". E, de fato, o Livro de Enoch tem sido repetidamente adulterado e mudado - muito semelhante ao que aconteceu com os urtextos do Novo Testamento. Por exemplo, a expressão filho do homem surge e pode ser encarada como tendo sido acrescentada posteriormente por mão etíope. Do mesmo modo, as expressões o escolhido ou o justo. Os teólogos argumentam que tais expressões se referem à raça judia. Tudo isso se torna ainda mais confuso quando, algum dia no século V, uma versão hebraica do Livro de Enoch também suscitou murmúrios, mas não foi seriamente levada em conta, porque era - alegadamente - baseada em uma visão experimentada pelo Rabbi Ismael. Isso fez com que o Livro de Enoch fosse agrupado com os textos gnósticos. Atualmente, o Gnosticismo é geralmente associado a uma espécie de filosofia esotérica, ideologia, ou religião. A palavra gnosis é grega e significa "reconhecimento". Sem considerar onde o Rabbi Ismael obteve sua misteriosa informação, possivelmente ele não poderia tê-la simplesmente inventado, porque ela é muito complicada e detalhada. Antes de prosseguir para as versões eslava e grega do Livro de Enoch, eis alguns fragmentos de informação altamente curiosos do texto hebreu.

 

O LIVRO HEBREU DE ENOCH

Ismael diz que viajou para o céu e se encontrou com um anjo caído, chamado Metatron, que lhe mostrou tudo ao redor. Este mesmo Metatron, então, revelou-se ninguém menos do que Enoch. Diferentemente de outras versões, no livro hebraico, Metatron/Enoch não é capaz de voltar à Terra e à humanidade, mas permanece nas proximidades do trono do "Mais Elevado" e somente o vidente Ismael pode alcançá-lo. Metatron/Enoch conta a Ismael que o Senhor o chama de "Jovem". Ele explica o porquê: "Feliz és tu e feliz é teu pai, pois teu Criador te favoreceu. E porque eu sou pequeno e jovem entre eles, em dias, meses e anos. Assim, eles me chamam de "Jovem". E como Metatron/Enoch chegou ao reino celestial? Quando O Sagrado - abençoado seja Ele - elevou-me ao céu, Ele primeiro enviou Anaphiel, o príncipe, e me tirou de sua névoa diante de seus olhos e levou-me para cima, em grande glória, em uma carruagem ardente, puxada por cavalos impetuosos... Quando O Sagrado - abençoado seja Ele - tiroume da geração do Dilúvio, elevou-me nas asas do vento de Shekina para o mais alto dos céus, para os grandes palácios do Araboth Raqia nas alturas, de onde [se pode ver] o glorioso Trono de Shekina. Descobrimos que "O Sagrado" ama muito o "Jovem" (Metatron/Enoch). De fato, ele o ama até "mais do que todos [os seus] servos" e, assim, escreveu letras com sua pena flamejante e revelou a Metatron/Enoch não apenas como o céu e a Terra foram criados, mas também os mares e rios, montanhas e colinas, raios, trovões e tempestades, e até planetas e constelações. Nada mau todo este conhecimento interestelar dado a Metatron/Enoch. Um pensamento lá do fundo de minha mente me leva a Abraão, que também ascendeu ao céu e viu a Terra "abaixo dele". Ou Enkidu, do Épico de Gilgamesh, que é transportado pela Terra nas "asas da águia". Ou "a jornada de Arjuna para o céu de Indra". Lembro-me, então, das "rodas" no Livro de Dzyan e das "cidades celestiais" no épico sânscrito Mahabharata. Há inúmeros casos semelhantes espalhados por toda a literatura clássica. A diferença entre mim e os teólogos é que olho os textos de todas as religiões e regiões do mundo, enquanto os acadêmicos da tradição judaico-cristã restringem-se exclusivamente aos escritos da Bíblia e dos Apócrifos. Nenhum deles escapa disso. No Livro Hebreu de Enoch, Ismael lista urna exuberância de mundos diferentes (planetas) junto com suas denominações. Ele conhece os nomes de cada um dos líderes, príncipes, ou reis, e até fala de uma biblioteca celestial: "Ele trouxe a caixa de escritos junta¬mente com o Livro de Memórias e colocouos diante do "Sagrado" - louvado seja Ele. E rompeu o selo da caixa, abriu-a, tirou os livros de dentro dela e entregou-os ao "Sagrado", louvado seja Ele..." Céu, santos, O Mais Elevado, príncipes, servos, arcanjos, rodas, planetas, carruagens flamejantes, legiões celestiais - que os céus nos ajudem! Será que este Enoch realmente existiu? Até agora, falei de sete de seus pseudônimos: Enoch, Saurid, Hermes, Idris, Metatron, "Jovem", e sétimo rei antediluviano. Qual é, afinal, o nome certo? Provavelmente, nenhuma de nossas pronúncias fonéticas. O hebraico bíblico era uma linguagem escrita puramente com consoantes - não havia nenhuma vogal. Para tornar a leitura mais fácil, as vogais são indicadas por um sistema de pontos (niqqud). Uma leitura fonética da palavra Enoch poderia facilmente soar como Inich, Onuch, ou Anich, e Metatron poderia de ser Mototran. Naturalmente, aqui, não estou levando em conta as interpretações cabalísticas, porque nesse sistema cada letra pode até ter também um valor numérico. Especialistas hebreus avaliam que os textos etíopes foram originalmente escritos entre o quinto e o segundo séculos antes de Cristo - e isso nos leva ao primeiro problema. Dos próprios textos, observamos que eles tratam da história do sétimo patriarca. Seu nome era - e vamos usar a forma padrão - Enoch. Portanto, seu nome estava anexado aos Livros de Enoch. Este, por seu lado, não viveu entre os séculos IV e II a.C. Isso significa que o conteúdo original deve ter sido escrito muito anteriormente ao Dilúvio. Isso é confirmado pelo próprio autor, conforme podemos ver claramente a partir dos exemplos dados a seguir: (Os números entre parênteses referem-se ao capítulo e ao verso.) (81,1 ss) E ele me disse: "Observe, Enoch, estas tabuinhas celestiais; leia o que está escrito nelas e guarde bem cada fato". E eu observei as tabuinhas celestiais e li tudo o que nelas estava escrito... (82,1) "E agora, meu filho Matusalém, todas essas coisas eu estou te recontando e escrevendo para ti! ...preserve, meu filho Matusalém, os livros que recebeste das mãos de teu pai e entregue-os às gerações do mundo..." (83, 2) "Duas visões eu tive, antes de tomar uma esposa, e cada uma foi bem diferente da outra: a primeira, quando eu estava aprendendo a escrever; a segunda, antes de tomar tua mãe..." (87, 3 pp) "E aqueles três que tinham passado por último agarram-me pela mão e me levaram para cima, para longe das gerações da Terra, e levaram-me para um lugar elevado, e me mostraram uma torre muito acima da Terra, e todas as montanhas eram mais baixas." (91, 1) "E agora, meu filho Matusalém, chama todos os teus irmãos e reúna para mim todos os filhos de tua mãe..." (92,1) "Enoch, de fato, escreveu esta completa doutrina de sabedoria..." Estas citações demonstram que foi Enoch - ele poderia, porém, ter sido conhecido durante seu próprio tempo de vida - quem escreveu estes versos. Ele confirma sua própria autoria pelo uso que faz da primeira pessoa, como se temesse que as mentes do futuro pudessem ser muito limitadas para entender. E, de fato, até hoje os exegetas ignoram o fato de que este documento está escrito na primeira pessoa. O original do livro, sua essência, provém do Enoch antediluviano, porque, de outro modo, dificilmente ele poderia ter falado de Matusalém como seu filho, ou ter listado sua linhagem sanguínea até Adão. Chamar isso de algum tipo de fraude pré-cristã é acusar o autor de mentir do começo ao fim. Negar que Enoch é o autor antediluviano é o mesmo que lançar sobre toda a exegese uma luz pobre e é também uma fuga fundamental da realidade. E ainda outro exemplo ultrajante de como a fé tem sido manipulada. Naturalmente, o Livro de Enoch é reduzido a uma "visão". É o método padrão de colocar de lado exatamente tudo aquilo que é difícil de engolir. O fato de repetidamente Enoch dizer que está completamente desperto é varrido para baixo do tapete. E, somando-se a isso, ele dá à sua família instruções explícitas sobre o que fazer após sua partida. Dificilmente isso seria "uma visão de sua própria morte" - outra das brilhantes idéias dos exegetas - porque o altamente letrado Enoch retornou de seu encontro com os anjos afinado como um violino. Somente no final da história ele se despede de seus parentes e parte - em uma carruagem de fogo.

 

A VERDADE POR TRÁS DE ENOCH

Enoch, ou Senhor X - acho que vou ficar com o sétimo patriarca e passar a chamá-lo de Enoch a partir de agora - viveu em uma época em que não se entendia nada de tecnologia moderna. Não havia como ele saber a respeito de naves-mãe, ônibus espaciais, faróis, alto-falantes, aparelhos de rádio, motores de expansão, etc. Tudo o que ele experimentou tinha de ser parafraseado, para que pudesse ser descrito, pois ele simplesmente não tinha o vocabulário necessário. Tente você, caro leitor, descrever um helicóptero ou um rádio para um homem da Idade da Pedra. Inevitavelmente, você terminaria em alguma espécie de jogo do tipo "parece-comisto". Ou tente explicar uma escada em espiral para alguém, sem usar qualquer desenho. Seria preciso usar suas mãos - no mínimo! E essa confusão vai ficando ainda pior a cada nova geração que tenta compreender e interpretar o texto de Enoch e - naturalmente! - falha completamente em entender o que está sendo descrito. Incapazes de compreender o que liam, escribas posteriores deixavam-se levar pela fantasia de suas metáforas orientais, e assim surgiram histórias alegóricas opulentas. Posteriormente, quando os teólogos dos últimos duzentos anos começaram a interpretar os textos, a partir de uma perspectiva religiosa, o caos alcançou seu estado perfeito. Finalmente, viajantes espaciais totalmente comuns tornaramse anjos e querubins, oficiais tornaram-se arcanjos e o supremo comandante tornou-se o "Mais Elevado" ou, o que é pior, Deus. Que pandemônio, quando uma simples descarga elétrica é transformada em "uma língua de fogo", e a ponte de comando torna-se "a glória indescritível". É compreensível que, de um ponto de vista teológico, a cadeira de comando do capitão seja transformada num poderoso trono e a trapalhada incompreensível de semelhanças é transformada em histórias e visões. Nunca ouvi um contra-argumento convincente, apesar de todas as fabulosas discussões que tive com especialistas em Velho Testamento e da absoluta torrente de literatura teológica que tentei digerir. Minhas interpretações do texto devem ser falsas: talvez eu devesse olhar para ele de outro ângulo. Mas por quê? Afinal, explicações alternativas - pelo menos não as que surgiram a partir da exegese - constituem apenas disparates permitidos, e as afirmações essenciais do texto refletem-se em muitos outros textos fora da tradição judaico-cristã. Os primeiros cinco capítulos do Livro de Enoch anunciam (alegadamente) algum tipo de Julgamento Final: o Deus do céu deixará sua residência e descerá à Terra com suas legiões de anjos. Os onze capítulos seguintes descrevem o que acontece com os assim chamados "anjos renegados", que - em direta desobediência às ordens de Deus - "contaminaram-se" com as filhas dos homens. Estes "anjos" receberam tarefas de seu "Deus" que eram tão precisas, que simplesmente não se ajustam às cortes dos exércitos celestiais. Por exemplo: "Semjaza ensinava encantamentos e corte de raízes; Armaros, a resolução de encantamentos; Baraqijal ensinava astrologia; Kokabel, as constelações; Ezeqeel, o conhecimento das nuvens; Araqiel, os sinais da Terra; Shamsiel, os sinais do sol; e Sariel, o curso da lua..." Esta é uma série de assuntos especializados, que estavam muito fora do alcance dos habitantes terrestres naquela época. Os capítulos 17 a 36 descrevem as viagens de Enoch a vários mundos e esferas distantes. Os teólogos as denominam de similitudes ou parábolas, ou a viagem de Enoch ao jardim mágico (O Jardim da Retidão). Contudo, Enoch recebeu a ordem de escrever estas chamadas "similitudes", de modo a preservá-las para as gerações futuras. Qual foi a razão disso? É simples: seus contemporâneos eram incapazes de compreender essas mensagens; elas eram dirigidas ao povo do futuro. E isso não é interpretação minha, é do próprio livro! Os capítulos 72 a 82 são conhecidos como "capítulos de astronomia". É aí que Enoch recebe instrução sobre as órbitas do sol e da lua, sobre anos bissextos, estrelas e mecânica celestial. Os capítulos restantes contêm conversas com seu filho Matusalém, nas quais ele anuncia o próximo dilúvio. Tudo isso é coroado pela partida de Enoch em uma carruagem de fogo - o que mais? O Livro Eslavo de Enoch contém detalhes interessantes, que não são encontrados na versão abissínia: "Depois disso, também vivi duzentos anos e completei todos os anos de minha vida: trezentos e sessenta e cinco anos. No primeiro dia do primeiro mês, eu estava sozinho em minha casa. Lá, dois homens enormes me apareceram; como eles nunca vi nenhum na Terra. Suas faces eram como o sol, seus olhos também eram como luz ardente e de seus lábios saía fogo; suas roupas e música eram esplêndidas; suas asas eram mais brilhantes do que o ouro, suas mãos mais brancas do que a neve. Estavam parados à cabeceira de meu leito e me chamavam pelo meu nome. Acordei de meu sono e vi claramente aqueles dois homens parados à minha frente. Eu os saudei e fui tomado pelo medo; a aparência do meu rosto mudou para terror, e aqueles homens me disseram: "Tenha coragem, Enoch, não tema; o Deus eterno nos enviou a ti e eis que hoje tu ascenderá conosco ao céu e dirás a teus filhos e a todos de tua casa tudo o que eles devem fazer sem ti na terra, na tua casa, e não permita que nenhum te procure até que o Senhor te devolva a eles." A interpretação teológica de que o patriarca antediluviano está experimentando uma visão ou um sonho aqui não é defensável. Enoch desperta, levanta-se de sua cama e, depois, prossegue para dar a seus parentes as instruções do que devem fazer em sua ausência. A variação "visão da morte" também não tem sentido, pois Enoch retorna para sua família após sua viagem para o espaço sideral. Assim, o que ele experimentou "lá em cima"?

 

ENOCH APRENDE OS SEGREDOS DO UNIVERSO

Enoch aprendeu a escrever, e livros lhe foram ditados. Não que, naturalmente, o próprio Deus tenha ditado o conhecimento pessoalmente. Esse ditado foi feito por um arcanjo chamado Pravuil. E para se certificar-se de tudo rápida e suavemente, Pravuil deu a Enoch uma "caneta de escrita rápida": E o Senhor chamou um de seus arcanjos pelo nome de Pravuil, cujo conhecimento era mais rápido em sabedoria do que o dos outros arcanjos, e que escreveu todos os atos do Senhor; e o Senhor disse a Pravuil: "Traga os livros de meus armazéns e pegue uma caneta de escrita rápida. Entregue-a a Enoch, e dê-lhe a escolha e os livros reconfortantes de tua mão... [grifo do autor] Qual era esta importante sabedoria que tinha de ser ditada? Atualmente, tudo, porque a humanidade abaixo deles sabia muito pouco. Enoch continuou: "E foram contadas todas as obras de céu, terra e mar, e todos os elementos de suas passagens e comportamentos, e do ribombar dos trovões, o sol, a lua, o andamento e mudanças das estrelas, as estações, os anos, dias e horas, os levantes do vento, e por trinta dias e trinta noites ele falou, nunca parando." E, como se não bastasse, a primeira maratona de ditado foi seguida por outra, igualmente longa. Enoch foi realmente um aluno modelo. Sempre que a conversa se volta para Enoch e eu sugiro que o profeta antediluviano foi um privilegiado por ter feito uma viagem numa nave espacial extraterrestre, sempre escuto: Bem, ele deve ter tido alguma espécie de traje espacial. Será? Muito provavelmente, os aliens teriam tido de se proteger contra bactérias e vírus, e provavelmente até da transpiração humana. O que o atento estudante Enoch tem a dizer? E o Senhor disse a Miguel: "Vá e tire as roupas terrestres de Enoch, e unte-o com meu ungüento doce, e o vista com as roupas de minha Glória". E Miguel assim o fez, como o Senhor lhe dissera. Ele untou-me e vestiu-me, e a aparência desse ungüento é mais do que a grande luz, e seu ungüento é como o doce orvalho, e ele tem o aroma da mirra, brilhando como os raios do sol, e olhei para mim mesmo e vi que estava como os seus gloriosos. Agora, tente imaginar que toda essa descrição tem algo a ver com o "Senhor" da religião cristã. Ele tinha um ungüento especial e ordenou que Enoch fosse esfregado com esta pomada intensamente aromática? Nós, humanos, sempre tivemos gostos peculiares! E, então, as roupas de Enoch foram retiradas e ele foi vestido com algum tipo de vestimenta que o deixava parecido com todos os outros. Naturalmente! Em uma roupa espacial ou, pelo menos, um uniforme. O que mais poderia ser? E, após finalmente ser trazido para a ponte, ou talvez para algum tipo de sala de conferências - ou, como os teólogos entendem, diante do "trono da Grande Glória" - Enoch contou como o líder majestoso surgiu e "veio até mim e falou comigo com sua própria voz." É aqui, bem no final, que começa a ficar embaraçoso para os exegetas. Não é realmente uma cena que você possa atribuir a Deus. Dois extraterrestres ("dos quais nunca vi semelhantes na Terra") levaram Enoch, desinfetaram-no, vestiram-no em uma suíte da espaçonave, e trouxeram-no à ponte de comando da nave mãe, e Deus deu-lhe as boas-vindas "com sua própria voz". Ele, então, deu ordens para que Enoch recebesse uma "caneta de escrita rápida" e, depois, um subalterno chamado Pravuil recebeu a tarefa de ditar a Enoch os livros científicos durante dias. É de surpreender que os intérpretes do conhecimento sagrado decidissem que as reminiscências de Enoch devem ter sido um tipo de "parábola" ou "visão"? Mas não estamos mais vivendo na Idade das Trevas. Quantos argumentos mais serão necessários para tirar do mato esses matutos? E ter em mente que tudo o que eu, o cronista diligente do presente, estou digitando em meu computador exatamente agora não é nada novo: tem milhares de anos! Só foi esquecido, distorcido, mal interpretado e reprimido. É hora de os textos antigos serem apresentados de uma forma moderna e compreensível, para que seja possível entender todos os seus significados. Possa a dúvida quebrar as velhas autoridades e a razão triunfar sobre a fé. Aprendemos, através dos círculos científicos, que a pesquisa precisa, primeiro, se concentrar nas explicações mais facilmente alcançáveis e plausíveis, antes de partir para soluções mais exóticas. Neste caso, qual é a solução mais próxima, mais sensível, quando se olha para os textos de Enoch? Para ter certeza, não é o que temos obtido a partir da exegese anterior. Aquelas interpretações não fazem sentido, porque se baseiam em Deus e seus arcanjos e anjos como algum tipo de corpo executivo. Então, credita-se a este criador todo poderoso do universo ações que não caberiam absolutamente a um deus verdadeiro. A maneira mais simples de se extrair o verdadeiro sentido dos textos é olhar para ele através de um ponto de vista contemporâneo. E essa é, de fato, a intenção do "senhor", que ordenou o ditado dos seus livros: "E ele me disse: 'Observe, Enoch, estas tabuinhas celestiais, leia o que está escrito nelas e grave bem cada fato'. E eu observei as tabuinhas celestiais e li tudo o que nelas estava escrito e compreendi tudo, e li o livro..." (Capítulo 81, 1 ss) . Antes de sua jornada final aos céus, este mesmo Enoch, escritor da palavra do Senhor, passou estes livros a seu filho: "Preserve, meu filho Matusalém, os livros que recebestes da mão de teu pai e os entregue às gerações do mundo..." Se os egípcios estiverem realmente certos e Enoch for mesmo Saurid, o construtor de pirâmides, então poderia bem haver alguma coisa bastante surpreendente à nossa espera no interior da Grande Pirâmide. Afinal, Al-Maqrizi salientou, no Khitat, que os textos foram colocados nas pirâmides "para protegê-los e preservá-los". A ciência baseia-se na criação de conhecimento. No que se refere à Pirâmide de Gizé, a ciência praticou exatamente o oposto. Os egiptólogos de hoje - pelo menos aqueles entre eles que são árabes - deveriam ler também os textos de seus ancestrais. Pode se ler no Khitat que Saurid (aliás, Enoch) decorou o interior da pirâmide do leste (alegadamente a Pirâmide de Quéops) com "vários dosséis de céus e planetas", em adição aos livros sobre as estrelas. Também as estrelas fixas aquela que venha a ocorrer de tempos em tempos... bem como os eventos do passado..." Nada disso é conhecido pelos egiptólogos. A Pirâmide de Quéops é totalmente anônima - não há nenhum glifo em suas paredes. Mas espere! Na Grande Galeria, o grandioso hall de entrada para a "Câmara do Rei", há grandes suportes de metal que não são mencionados em lugar nenhum da literatura acadêmica. Bem poderia ser que estes suportes tivessem sustentado painéis de ouro e que, em tempos antigos, a Grande Galeria fosse uma fantástica escadaria para a "Câmara do Rei", flanqueada, à esquerda e à direita, com as notícias do passado. Bandos de ladrões de sepulturas podem ter levado esses painéis e os derretido. Contudo, há outras possibilidades. Conforme é hoje amplamente conhecido, dentro e abaixo da chamada Pirâmide de Quéops há várias colunas e aposentos. Mas, apesar disso, a administração de antiguidades mais do que sagradas, no Cairo, não deseja que nada disso venha a público.

 

Os ANJOS CAÍDOS

O drama real no livro de Enoch, porém, ocorre entre o capitão da nave - "o Mais Elevado" na interpretação religiosa - e sua tripulação - os "anjos caídos". Este grupo de seres faz uma coisa que nenhum anjo poderia fazer. E ocorreu, quando os filhos dos homens se multiplicaram, que naqueles dias nasceram filhas bonitas e formosas. Mas quando os anjos, os filhos do céu, viram-nas, cobiçaram-nas e disseram uns para os outros: "Venham, vamos escolher esposas entre as filhas dos homens e gerar filhos." E Semjaza, que era o líder deles, disse-lhes: "Temo que não ireis de fato concordar em cometer este ato e eu sozinho terei de pagar a pena de um grande pecado." E todos lhe responderam, dizendo: "Vamos todos fazer um juramento, e nos comprometermos todos, através de maldições mútuas, a não abandonar este plano, mas a realizá-lo." Então, todos juraram e se comprometeram através de maldições mútuas. E seu número era de duzentos, os que desceram, nos dias de Jared, sobre o topo do Monte Hermon. (Capítulo 6, 1-6) E você precisa de algum tipo de música sacra e dança para explicar isso? Os fatos são apresentados de maneira suficientemente clara: uma tripulação de duzentos "filhos do céu" pousou em Monte Hermon, viu-se cercada por lindas donzelas terrestres, e decidiu fazer aquilo que a natureza manda. Mas, já que isso era proibido, fizeram um pacto que todos iriam cumprir para não deixar que nada os afastasse de seus objetivos. Sexo entre humanos e extraterrestres já foi tratado antes em outros trabalhos. E há também, naturalmente, o caso do anjo chamado Samael, que seduziu a mãe do homem, Eva: "...e eis que ele a olhou não como terrena, mas, sim como do céu." Outros membros da tripulação envolveram-se com gosto nas delícias terrenas das donzelas - e até rapazes. Para horror dos crentes na Bíblia, isso é relatado no Livro dos Livros: "Quando os homens começaram a crescer em número na Terra, e suas filhas nasceram, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas e casaram-se com algumas que escolheram." E você mesmo pode ler isso no primeiro Livro de Moisés - Gênese, capítulo 6, versículos 1 e 2. Como a teologia tem sido considerada uma ciência, tem havido um intenso debate sobre o significado da expressão "filhos de Deus". As milhares de páginas de comentários resultantes sobre o assunto são altamente contraditórias. Uma escola de pensamento diz que significa "gigantes", enquanto outras estão igualmente convencidas de que o significado é "crianças de Deus", "anjos caídos", "espíritos apóstatas". Isso já é suficiente para fazer você gritar! Uma simples frase bíblica vira fé em sua cabeça! Mas, realmente, qualquer um que tenha estudado hebraico e conheça os caracteres do alfabeto, bem como o seu significado, sabe exatamente o que essas sílabas expressam: "Aqueles que caíram do céu [eram] seres semelhantes ao homem e de grande tamanho." Posso apenas dar um sorriso resignado a este feudo acadêmico. Afinal, qualquer que seja a sua interpretação desta passagem bíblica, alguma coisa parece estar errada. Se você traduzir "filhos de Deus" literalmente, isso significa que Deus teve filhos - e todos eles na época de Adão! E eles fizeram sexo com as filhas dos homens. Isso é impensável! Se a expressão significa "anjos caídos", deve ter havido algum tipo de conflito no céu. O quê?! Na presença celestial de Deus?! Mas é preciso ter havido algum tipo de golpe, ou então não haveria nenhum "anjo caído". Há realmente apenas uma maneira sensata de compreender qual era o significado: extraterrestres. Ponto. Isso se torna mais claro ainda quando Enoch lista os nomes dos cabeças: "E estes são os nomes de seus líderes: Semjaza, o líder de todos; Araklba, Rameel, Kokabel, Tamlel, Ramlel, Danel, Ezeqeel, Barakijal, Asael, Armaros, Batarel, Ananel, Zaqiel, Samsapeel, Satarel, Turel, Jomjael, Sariel." (Capítulo 6, versículos 7 e 8. Nota: Os nomes da lista variam de acordo com a versão do texto que você lê.) E eles não ficaram sem fazer nada ao chegarem aqui. Enoch descreve seus feitos: "E Asael ensinou os homens a fazer espadas, facas, escudos e peitorais; ensinou-lhes sobre os metais da terra e a arte de trabalhá-los; braceletes, ornamentos e o uso do antimônio; e a embelezar as pálpebras, e todos os tipos de pedras preciosas, e todas as tinturas coloridas. Semjaza ensinou encantamentos e estacas de raiz... Barakijal ensinou astrologia; Kokabel, as constelações; Ezeqeel, o conhecimento das nuvens; Araqiel, os sinais da Terra; Shamsiel, os sinais do sol; e Sariel, o curso da lua..." (Capítulo 8) A lista de nomes não está completa: havia 200 anjos caídos que desceram no Monte Hermon, há milhares de anos atrás. Assim, o que aconteceu com os outros? Enoch nos fornece outra lista; afinal ele podia escrever e entendia o idioma deles. Os próprios estrangeiros o ensinaram. Assim, Enoch assumiu o papel de intérprete entre seu próprio povo e os ETs. E estes são os seus nomes: O primeiro deles é Semjaza, o segundo é Artaqifa. e o terceiro Armen, o quarto Kokabel, o quinto Turael, o sexto Rumjal, o sétimo Danjal, o oitavo Neqael, o nono Barakijal, o décimo Azazel, o décimo primeiro Armaros, o décimo segundo Batarjal, o décimo terceiro Busasejal, o décimo quarto Hananel, o décimo quinto Turel, e o décimo sexto Simapesiel, o décimo sétimo Jetrel, o décimo oitavo Tumael, o décimo nono Turel, o vigésimo Rumael, e o vigésimo primeiro Azazael. E estes eram os nomes de seus chefes sobre centenas, cinquentenas e dezenas: O nome do primeiro era Jeqon, que foi quem levou [todos] os filhos extraviados de Deus, trazendo-os para a Terra e levando-os até as filhas dos homens. E o segundo chamava-se Asbeel: ele deu mau conselho aos sagrados filhos de Deus e os fez extraviarem-se, de modo que contaminaram seus corpos com as filhas dos homens. E o terceiro chamava-se Gadreel; foi ele quem mostrou aos filhos dos homens todos os golpes da morte, e desencaminhou Eva, e mostrou aos filhos dos homens as armas da morte: o escudo e a cota de malha, a espada para a batalha, e todas as armas da morte aos filhos dos homens. E de sua mão, eles prosseguiram contra aqueles que habitavam a Terra daquele dia em diante. E o nome do quarto era Penemue; ele ensinou aos filhos do homem o amargo e o doce, e ensinou-lhes todos os segredos de sua sabedoria. E ensinou à humanidade a escrita com tinta e papel... [grifo do autor] (Capítulo 69, 2 e SS.) Esta passagem diz tudo: podemos todos lê-la. Mas o problema com nossa sociedade é que a maioria das pessoas é muito preguiçosa para pensar. Elas precisam fazer muito esforço; ficam tão exaustas que precisam que outros pensem por elas, de modo que possam ter sucesso na vida.

 

ACIMA DE QUALQUER BEM

A lista de Enoch não apenas nos fornece o nome daqueles anjos renegados que "desceram no Monte Hermon" - para mim, isso soa muito como tripulação amotinada; ela também nos dá informações sobre as várias profissões destes "observadores do céu", como foram chamados em outra passagem. Jeqon revelou-se como uma espécie de líder que convence seus colegas a fazer sexo com as lindas donzelas terrenas. Asbeel ajuda-o. Gadreel e, na lista anterior, Asael, pareciam ser metalúrgicos bélicos, que, primeiro, mostram ao homem como derreter metal e, depois, como fazer peitorais, escudos e espadas de batalha - o que, naturalmente, levanta a questão: onde estavam os inimigos contra os quais se precisavam empregar essas armas? Penemue, o mestre da tripulação, ensinou não só a escrita com pena e tinta, como também instruiu a humanidade sobre as sutilezas da nutrição. Baraqijal acabou sendo um astrônomo; Kokabel era astrólogo - uma ciência que significa pouco para nós atualmente; Ezeqeel era metereologista ("o conhecimento das nuvens"); Araqiel era geólogo, e assim por diante. Do meu ponto de vista contemporâneo, todos eles parecem fazer parte de uma tripulação rebelada contra o "Mais Elevado", a "Grande Glória" (o comandante da espaçonave), e eles sabiam muito bem que não podiam voltar atrás. Assim, fizeram o melhor possível para sobreviverem na Terra e ensinar aos terráqueos da Idade da Pedra como produzir armas e outros objetos úteis, que estes não conheciam anteriormente. Este cenário não é meu; é exatamente como Enoch o descreve. Após a descida dos 200 "observadores do céu" e depois de satisfazerem seus apetites sexuais na Terra, eles repentinamente começaram a ficar nervosos com a possibilidade de o capitão explodir o topo da montanha. Assim, enviaram Enoch para a nave-mãe, esperando que, como um terráqueo, ele pudesse falar a favor deles: [Eles] enviaram-me para cima, para o céu. E eu fui até chegar perto de uma parede construída de cristais e cercada por línguas de fogo, e isso começou a me assustar. E eu passei pelas línguas de fogo e cheguei a uma grande casa construída de cristais. As paredes da casa eram como um piso ladrilhado de cristais e sua fundação também era de cristal. Seu teto era como o caminho das estrelas e raios e, entre eles, querubins ardentes, e seu céu era como água. Um fogo flamejante cercava as paredes e seus portais ardiam com o fogo... Havia uma segunda casa, maior do que a primeira, e todas as suas portas estavam abertas diante de mim, e era construída por labaredas. E cada aspecto, seu esplendor, magnificência e extensão eram tão excelentes que não consigo descrever-lhe seu esplendor e tamanho. E seu piso era de fogo e, acima, havia relâmpagos e o caminho das estrelas; e este teto também era de labaredas. E eu olhei e vi ali um trono sublime. Parecia ser de cristal e as rodas eram como um sol brilhante... E nele estava sentada a Grande Glória, e suas roupas brilhavam mais do que o sol e eram mais brancas do que qualquer neve. (Capítulo 14, 9-21)

 

UMA VIAGEM PARA O CÉU

Enoch experimenta - assim como o fizeram Abraão, Ezequiel, Arjuna e Enkidu, em outras histórias - uma viagem para o espaço. Uma viagem que ele simplesmente não estava preparado para compreender. E o espanto dele não diminui. Ele não sabe nada dos materiais utilizados na construção da espaçonave. Assim, para ele, os ladrilhos resistentes ao calor do casco são cristais brilhantes, e o vidro reforçado e os aparatos holográficos são "um teto semelhante ao caminho das estrelas". Aterrado e cheio de pavor, é levado para ver o capitão: "a Grande Glória estava sentada [em seu trono] e suas estes brilhavam mais do que o sol e eram mais brancas do que a neve". E o que esta gloriosa divindade faz? Cumprimenta Enoch e deixa claro que os "anjos caídos" - os amotinados - não podem esperar mais nada dele: Não tema, Enoch, você que é um homem correto e escriba da retidão. Aproxime-se e ouça a minha voz. E vá, diga aos observadores do céu, que te enviaram para interceder por eles: "Vocês deviam interceder pelos homens e não os homens por vocês. Por que motivo deixaram o alto, sagrado e eterno céu e deitaram com as mulheres e se conspurcaram com as filhas dos homens e tomaram esposas para si mesmos e agiram como os filhos da Terra...? (Capítulo 15,1-4) A "Grande Glória" também sabe como irá lidar com seus amotinados e com a sua prole: um terrível dilúvio sobre toda a Terra. "Sim, virá uma grande destruição sobre toda a Terra e haverá um dilúvio... e haverá uma grande punição sobre a Terra e a Terra será lavada de toda impureza." (Capítulo 106,13 e ss) Na versão mais longa, esta passagem tem ainda mais detalhes: "E por essa razão trarei um dilúvio sobre a Terra, e a própria Terra será destruída e afundará no lodo." Tendo dito isso, a "Grande Glória" toma providências para assegurar que alguns escolhidos sobrevivam, de modo que, no curso dos milênios, a população humana estará em posição de se recuperar - até o seu retorno na versão longa do Livro de Enoch eslavo, a "Grande Glória" fala de uma "segunda vinda". De modo muito interessante, os sobreviventes do Dilúvio possuem uma estrutura genética alterada. Isso pode ser deduzido de escritos antigos. Escrevi extensamente sobre esse assunto em meus outros livros. (E os geneticistas espertos serão capazes de ver por si mesmos.) É mesmo permissível deduzir que há um único Enoch em toda essa confusão de textos de Enoch. Então, em cima disso, filtrar - arbitrariamente? - aquelas passagens que se ajustam a uma interpretação moderna? Apenas para lembrá-lo: o próprio Enoch afirma sua autoria muitas vezes ao falar como o pai de Matusalém. Então, o conhecimento é ditado a ele, que simplesmente não pode ser atribuído a qualquer sociedade antediluviana: "E eu vi outros relâmpagos e as estrelas do céu... E eu vi como elas são pesadas em uma balança de retidão, de acordo com suas proporções de luz, a amplidão de seus espaços e o dia de seu surgimento." [grifo do autor] (Capítulo 43, 1-2) Como os astrônomos de hoje classificam as estrelas? Eles também possuem um sistema de classificação baseado na magnitude ("pesadas na balança da retidão"), no brilho ("de acordo com suas proporções de luz"), bem como na data de sua descoberta ("o dia de seu surgimento"). O Enoch antediluviano precisa ter recebido tal informação idônea de sua fonte, que estava muito à frente de seu tempo. Estes instrutores estranhos - no Livro de Enoch eles são chamados de Uriel e Pravuil - ditaram e demonstraram conhecimento astronômico e astrológico de grande sofisticação ao emudecido Enoch. Para nós, isso poderia se parecer como coisas da vida diária, mas não para alguém dos tempos de Enoch: "E lá meus olhos viram os segredos do raio e do trovão, e os segredos dos ventos, como eles são divididos para soprar sobre a Terra, e os segredos das nuvens e do orvalho... E vi as câmaras do sol e da lua, de onde provêm e para onde vão novamente, e seus gloriosos retornos, e como um é superior ao outro, e suas órbitas majestosas, e como não deixam suas órbitas; não acrescentam nada às suas órbitas e nada retiram delas... E, depois disso, vi o caminho oculto e o visível da lua, e como ela realiza o curso de seu caminho naquele lugar, de dia e de noite... (Capítulo 41, 3 e ss) E depois disso, todos os segredos das luzes e relâmpagos me foram mostrados e eles iluminam para abençoar e satisfazer a Terra... (Capítulo 59, 3). Pois o trovão tem locais de descanso a ele designados, enquanto espera por seu ribombar; o trovão e o relâmpago são inseparáveis, e embora não sejam um, ambos caminham juntos através do espírito e não se separam. Pois quando o relâmpago ilumina, o trovão solta a sua voz..." (Capítulo 61,14-15). Enoch aprende coisas que só fomos aprender milhares de anos depois, através de árdua pesquisa. Ele escreve sobre o "caminho oculto da lua" e sobre leis relativas ao trovão e ao relâmpago, que são verdadeiramente difíceis de creditar a uma sociedade da Idade da Pedra. O anjo Uriel ensina-lhe sobre um "tesouro de luzes e trovão" (Capítulo 17, 3), que é muito difícil para Enoch compreender. Afinal, o mero conceito de um "tesouro de trovão" não é algo que venha simplesmente à cabeça, enquanto se está andando no dorso de um camelo. Em uma estação espacial orbital, por outro lado, os astronautas vêem o "tesouro de trovão" diariamente. E o gigantesco reservatório de carga elétrica que se acumula nos diversos níveis carregados da nuvem e descem durante a tempestade para a Terra como "colunas de fogo celestial" (Enoch novamente).

 

AULAS DE ASTRONOMIA INTERGALÁCTICA

A instrução de Enoch inclui o sol, a lua, anos bissextos, e os caminhos das estrelas em relação à rotação da Terra. Uau! Vendo como os livros sobre Enoch geralmente não podem ser encontrados na maioria das livrarias e a Internet tem pouco mais do que comentários superficiais que não acrescentam nada à nossa compreensão, posso oferecer pouco mais do que algumas citações da tradução de mais de cem anos atrás, de Charles: O livro do curso dos luminares do céu, as relações de cada um, segundo suas classes, seu domínio e suas estações, segundo seus nomes e lugares de origem e segundo os seus meses, o que Uriel, o anjo sagrado, que estava comigo e que é o guia deles, mostrou-me... E, primeiro, há o grande luminar chamado Sol, e sua circunferência é como a circunferência do céu, e ele é preenchido por um fogo quente e iluminante... e o sol atravessa o céu e retorna pelo norte para alcançar o leste...Quando o sol eleva-se ao céu, ele vem através daquele quarto portal trinta manhãs sucessivas, e se estabelece precisamente no quarto portal no oeste do céu. E, durante este período, o dia vai se tornando diariamente mais longo e a noite mais curta... (Capítulo 72, 1 ss). E prossegue nesta mesma direção: o sol viaja através desses "portais" imaginários e os dias vão ficando mais longos e as noites mais curtas até que "naquele dia, o dia equaliza-se com a noite, e a noite aumenta para nove partes e o dia para nove partes". (Capítulo 72, 20-21). Qualquer um pode ver que o sol surge no leste e se põe no oeste. Mas estas auroras e poentes nem sempre ocorrem exatamente nas mesmas localizações. O ponto em que o sol se levanta e se põe, muda todos os dias dentro de um conjunto de parâmetros fixos, dependendo do ponto de observação. No primeiro dia da primavera (21 de março, no hemisfério norte) e no primeiro dia do outono (23 de setembro, no hemisfério norte) o sol surge exatamente no leste e se põe exatamente no oeste. Nos demais dias, a nascente e o poente estão um pouco deslocados desses pontos. Estes são os "portais" de Enoch, nos quais o sol viaja. Até que o desvio seja novamente cancelado, como Enoch confirma: "E com isso o sol atravessa as divisões de sua órbita e volta novamente sobre aquelas divisões de sua órbita." (Capítulo 72,27). Eu acredito na evolução - com alguma reserva - e engoli meu Enoch com a quantidade apropriada de ceticismo saudável. É simplesmente impossível que conhecimento moderno brote em livros antigos,o que nossos "super-espertos" filologistas, teólogos e exegetas chamam de "visões" ou "o jardim mágico de Enoch". Às vezes, sinto como se estivesse em algum tipo de balé esquisito. Ninfas estão dançando ao meu redor nas pontas dos pés, acompanhadas por homens efeminados em mantos flutuantes, e todos estão compondo um quadro de um mundo fantástico, que nem mesmo existe. Será que nenhuma dessas pessoas tem imaginação? Ou será que são apenas incapazes de jogar fora esse lastro das gerações anteriores? Tenho tendência a me descrever como um realista imaginativo, mas não deixo que minha imaginação me absorva. As fronteiras entre os realistas de hoje - os cientistas - e meu modo de olhar as coisas não são fixas, mas o cientista se desvia tão logo a realidade assuma uma forma fantástica. Para nós, hoje, a realidade de Enoch ainda é muito fantástica - como era, de fato, para o próprio Enoch. Lembro-me de um cientista que certa vez me disse, após uma entrevista sobre alienígenas de que ambos participamos: "Isso não faz parte da espécie de coisas com que devemos nos preocupar. Devemos atentar para os nossos próprios problemas atuais!". Ele não queria acreditar que o passado tinha uma forte influência sobre nosso presente. Se ETs realmente visitaram nosso planeta há milênios atrás e passaram seu conhecimento para alguém, como Enoch, há muito o que fazer agora. Apenas pense, meu querido leitor, sobre o impacto na religião, as conseqüências filosóficas, as possibilidades para a tecnologia de vôo espacial, que pode atravessar anos-luz. Ou pense ainda na antiga promessa de uma segunda vinda, que aparece em praticamente em todas as religiões até o dia de hoje. Obviamente, há duas hipóteses: as embaraçosas e as demais. Os instrutores de Enoch - chame-os de "anjos", se quiser, embora isso não se ajuste perfeitamente ao quadro - sabiam perfeitamente bem o porquê de estarem ensinando o seu aluno: O luminar menor, que é chamado de Lua... seu nascente e poente mudam a cada mês, e o dia, nele, são como os dias do sol, e quando sua luz é uniforme [i.e. lua cheia] alcança a sétima parte da luz do sol. E assim ela nasce. E sua primeira fase no leste surge na décima terceira manhã, e toda a sua circunferência está vazia, sem luz, com exceção de um sétimo dela, e a décima quarta parte de sua luz... E tudo isso Uriel, o anjo sagrado, que era o líder deles todos, mostrou-me; e assuas posições, e eu escrevi suas posições, como ele as mostrou para mim... Em sete partes ela realiza toda a sua luz no leste, e em sete partes realiza toda a sua escuridão no oeste... (Capítulos 73-74). Na moderna publicação Handbook of Space (Manual do Espaço), você pode ler exatamente a mesma coisa: O ponto no qual a lua cruza o plano da eclíptica do sul para o norte é chamado de nodo de elevação; o outro é chamado de nodo de queda... A coisa mais impressionante sobre a aparência da lua são suas fases. Como a própria lua não tem uma fonte de luminescência, mas simplesmente reflete a luz do sol, as fases da lua são dependentes das posições relativas dos dois corpos celestes... Isso apenas parafraseia a informação que ouvimos de Enoch, com a diferença de que ele fala de "portais" nos quais o sol e a lua se movem. Ele também descreve as fases da lua e sabe que o satélite da Terra recebe sua luz do sol. Afirmações como estas pressupõem duas coisas: que o observador compreende não apenas que a Terra é uma esfera, mas também que segue um caminho elíptico ao redor do sol. De algum modo, isso não se ajusta às minhas pré-concepções sobre o estado do pensamento científico no terceiro século a.C., o período no qual o Livro de Enoch foi supostamente escrito. Johannes Keppler, Galileu Galilei e Sir Isaac Newton só entraram em cena muito tempo depois. Nos Capítulo 74 e 75, Enoch fornece uma descrição do dia bissexto: E se cinco anos forem acrescentados, o sol teria um excedente de trinta dias, e todos os dias que adviriam para um daqueles cinco anos, quando estivessem cheios, perfariam 364 dias... E os líderes também tinham a ver com os quatro dias intercalares, sendo inseparáveis de seus escritórios, segundo o cálculo do ano, e estes restam nos quatro dias que não são contados no cômputo do ano... Porque os signos e os tempos e os anos e dias o anjo Uriel me mostrou... E eu vi carruagens no céu, correndo no mundo, acima daqueles portais nos quais giram as estrelas que nunca se põem. E um é maior do que todo o resto, e é isso o que determina o seu curso pelo mundo inteiro, [grifo do autor]

 

! UM LEGADO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS A história do sétimo rei antediluviano, que "subiu para o céu", como dizem os manuscritos, foi falsificada, adaptada, expandida, mudada, reescrita e religiosamente interpretada, e, não obstante, o conteúdo ainda é reconhecível. E porque este "sétimo" aparece tanto na Torah judia e no Antigo Testamento sob o nome de Enoch, esta mistura de contos encontra-se reunida sob o título de "os Livros de Enoch". Muito embora o escritor possa bem ter sido chamado por qualquer outro nome, fico com poucas opções e vou chamá-lo também de Enoch. A este camarada foram ensinados muitos ramos da ciência por uma raça alienígena e, para fazer com que as coisas andassem mais rapidamente, ele aprendeu a escrever usando uma "caneta de escrita rápida". Após o seu estrondoso curso celestial, ele foi devolvido ao seu povo com uma tarefa urgente: ensinar o povo e passar adiante os seus livros, para que sobrevivessem às eras: E dois mil homens se reuniram e foram para o lugar Achuzan, onde Enoch estava com seus filhos. E os anciões do povo, a assembléia inteira, vieram e ajoelharam-se e começaram a beijar Enoch e a dizer-lhe: ... o Senhor escolheu-te entre todos os homens na Terra e designou-te escritor de toda a criação dele. (Capítulo XLIV, 4-5, versão mais longa). Que lugar é esse, "Achuzan", onde Enoch reuniu seu povo? A informação astronômica que ele fornece nos dá uma boa base para descobrir. Antes de Enoch retornar para o "céu" - ou, na versão moderna, para a nave-mãe para fazer a grande viagem pelo espaço - ele faz um grande esforço para contar ao seu povo tudo o que lhe aconteceu, e preservar seus livros para as futuras gerações: "Enoch nasceu no sexto dia do mês Tsivan, e viveu trezentos e sessenta e cinco anos. Ele foi levado para o céu no primeiro dia do mês Tsivan e permaneceu no céu por sessenta dias. Escreveu todos esses signos de toda a criação, que o Senhor criou, e escreveu trezentos e sessenta e cinco livros, e foi novamente levado para o céu no sexto dia do mês Tsivan, no mesmo dia e hora em que tinha nascido... Matusalém e seus irmãos, todos filhos de Enoch, apressaram-se e erigiram um altar no lugar chamado Achuzan, onde e quando Enoch tinha sido levado para o céu." (Capítulo I XVIII, versão mais longa). E se permanece alguma dúvida quanto a se Enoch foi realmente o sétimo patriarca antediluviano e se era realmente sobre livros que se estava falando: "... Grave bem as palavras de seu pai, que virão a você dos lábios do Senhor. Pegue estes livros, escritos pela mão de seu pai, e leia-os... (Capítulo XI.VII, versão mais longa)104 "Enoch de fato escreveu esta doutrina completa de sabedoria..." (Capítulo 92,1). "Um outro livro que Enoch escreveu para seu filho Matusalém e para aqueles que virão depois dele..." (Capítulo 108, l) "E depois que Enoch deu tanto e começou a narrar detalhadamente os livros..." (Capítulo 93, l) "E agora, meu filho Matusalém, chame todos os teus irmãos e reúna a mim todos os filhos de tua mãe..." (Capítulo 91, 1) "E agora, meu filho, eu te mostrei tudo, e a lei de todas as estrelas do céu está completa." (Capítulo 79, l) "E Matusalém apressou-se e reuniu seus irmãos, Regim, Riman, Chermion, Gaidad, e todos os anciões do povo diante da face de seu pai Enoch..." (Capítulo LVII, 2) E não devemos deixar de lado sua missão para o futuro, porque isso nos inclui também: "E agora, meu filho Matusalém... eu te revelei tudo e te dei livros relativos a tudo isso; assim, preserve, meu filho Matusalém, os livros da mão de teu pai e que tu os entregue às gerações do mundo..." [grifo do autor] (Capítulo 82) Onde estão esses livros? Certamente, não são os feixes de antigos pergaminhos que compõem os chamados Livros de Enoch. Em algum momento e em algum lugar esses textos desaparecidos irão aparecer. Isso é o que a "Grande Glória" profetiza - e ele deveria saber: Eis que de sua semente surgirá outra geração, muito mais tarde, mas dela muitos estarão bem insatisfeitos. Aquele que criar essa geração a ela revelará os livros escritos por tua mão, dos teus ancestrais, para quem ele deverá indicar a guarda do mundo, para os homens de fé e operários do meu prazer, aqueles que não conhecem meu nome em vão. E eles contarão para outra geração, e aqueles outros, que tendo lido, serão glorificados depois disso, mais do que o foram os anteriores, [grifo do autor] (Capítulo XXXV) Fantásticas essas pérolas de sabedoria dos dias de outrora! O diagnóstico é aquele que se ajusta. Textos, que são simplesmente muito complexos para as pessoas dos tempos de Enoch, serão descobertos milhares de anos depois, e aqueles que os lerem serão "glorificados depois disso, mais do que o foram os anteriores". Alguém como eu, que tende a olhar um pouco mais para trás, nas brumas do tempo, poderia ajudar na aceleração ao longo deste tempo de despertar. Uma grande mudança está chegando e por mais que políticos, cientistas que se dão muita importância, e líderes religiosos, fervorosamente vociferantes, possam querer, nunca serão capazes de impedir. Não há vacina contra o pensamento. Idéias não conhecem fronteiras nem censura. E mais: idéias têm uma tendência perigosa de se alastrarem como o fogo.

 

O MILAGRE DA DESINFORMAÇÃO

A maravilha da televisão é um dos meios empregados para tentar transformar a sociedade em uma desordem uniforme. A manipulação e o controle de pensamento inexoravelmente continuam. A humanidade está sendo lavada por um grupo de moralistas maçantes, que se convenceram de que são "gente boa". Sua visão do mundo é fabricada pela mídia de massa e os chefes e editores-chefes da mídia eletrônica são apenas os escudeiros de "conselhos" desnecessários, "conselhos consultivos" de comissões políticas e "contingentes", que não perdem uma única chance de se envolverem nas coisas - sem levar em consideração se, ou não, têm alguma idéia do que estão falando. Programas de TV com opiniões que contradizem qualquer religião - qualquer que seja ela - não são permitidos. E a isso que chegamos! Nossa natureza não-científica, nossa fé em uma ou outra burrice, domina nossas vidas. O fluxo maciço de informação lá fora apenas nos tornou preguiçosos. Preferimos vegetar à frente da TV a ler um livro com olho atento e crítico; ou vadiar na praia em Hurghada a olhar a Grande Pirâmide bem de perto. Os jovens de hoje ficam à toa com seus computadores; seus monitores vomitam dados que não interessam a ninguém e, portanto, são imediatamente remetidos para a lixeira do esquecimento. De que nos adianta, nesta era eletrônica, ter milhares de vezes mais informação disponível, se não se faz nada com ela? Sim, surfamos nessa onda, mas realmente nunca mergulhamos nela. A Internet nos manipula, porque acreditamos que podemos ter acesso a qualquer coisa que queiramos, e que isso nos torna bem informados. IT - Information Trickery (Truques de Informação). A internet apenas cospe aquilo que alguém, em algum lugar, digitou. Assim, você achará difícil, querido leitor, encontrar os textos apócrifos, a lista de Manetho dos reis egípcios, para não mencionar a tradução completa do Mahabharata, feita por Chandra Roy, em 1888. Muito do que "sabemos" sobre a internet é uma ilusão. Ficamos tateando no escuro, quando procuramos textos antigos, que, provavelmente, nunca estarão online. Giga: garbage in, garbage out (lixo dentro, lixo fora). Assim, nunca haverá qualquer indexação cruzada. A onisciente Internet é unilateral e basicamente uma manipulação daqueles que acreditam que realmente podem acreditar nela, postada por pessoas assim para outras semelhantes a elas. Os "cabeças-de-batata" de hoje comportam-se como todas as pessoas que pensam do mesmo jeito, a partir do momento em que se sentam à frente do teclado. Exatamente como pacientes semi-conscientes, todos tendo espasmos uns com os outros. Isso não me choca mais, porque sei como o sistema funciona. Não há mais ligações cruzadas fora da Net; simplesmente são desconhecidas. Assim, surgiu uma espécie de psicose de fé - você quase pode descrevê-la como uma cultura de parasitas, que se tornou rotina em nossa alegadamente muito bem informada sociedade. Ligar o passado ao futuro é impensável para mentes de mão única. Mas, eles são, não obstante, totalmente interligados, e qualquer um que ainda não percebeu isso tem mais é que aprender rapidamente, porque o futuro está prestes a ser invadido pelo passado. Como você irá se comportar, quando os amigos alienígenas de Enoch realmente voltarem? E que eles irão voltar é tão certo quanto a noite segue o dia. Para aqueles que estão interessados, recomendo meu livro The God Shock (Choque de Deus). Será que vamos sofrer um choque de Deus? O fato de que nosso pensamento é manipulado desde a hora em que nascemos é ilustrado lindamente (ou porcamente, se você preferir) no exemplo dado a seguir, que não me tem saído da cabeça desde que fui a uma palestra do professor Karl Steinbuch, há cerca de 40 anos atrás: Em alguns países, as crianças são educadas para serem fiéis cristãos; em outros, para serem muçulmanas. E nenhuma sociedade considera que a simples troca dos bebês pode tornar muçulmana uma criança que, de outro modo, seria cristã, ou vice-versa. Este simples discernimento demonstra a natureza fundamental de qualquer doutrinação. Depois de Enoch ter aprendido a língua dos extraterrestres, que lhe foi ensinada pelos "anjos", escreveu tudo em pergaminhos com sua "caneta de escrita rápida" e, depois, passou 30 dias relatando todo o episódio a seus filhos e anciões, seus novos amigos "celestiais" vieram e o levaram para a grande excursão. O povo não compreende o que está acontecendo: Depois de Enoch ter falado ao seu povo, o Senhor enviou a escuridão sobre a Terra, e houve escuridão e ela cobriu aqueles homens que estavam com Enoch, e eles levaram Enoch para cima, para o céu mais elevado... E as pessoas viram, mas não entenderam como Enoch tinha sido levado, glorificaram Deus, e todos foram para suas casas. (Capítulo LXVII, versão mais longa)

 

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