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Até aos anos 90, a aldeia de Komlóska na Hungria estava praticamente abandonada.
Foi nessa altura que as autoridades locais decidiram terminar com os impostos a nível local sobre as empresas, o património imobiliário e o turismo, de modo a atrair investimento.
“Como já não havia empresas a nível local, decidimos acabar com esse tipo de impostos, de modo a incentivar as pessoas a lançarem os seus próprios negócios”, contou à Euronews László Köteles, presidente da junta de freguesia da aldeia.
Após a supressão dos impostos locais, 117 empresas decidiram instalar-se em Komlóska, sobretudo companhias internacionais do setor dos transportes e da logística.
“Entre todos os impostos, o imposto local sobre as empresas é o mais pesado para as empresas de logística. Representa 2% do nosso rendimento. Ganhamos cerca de um milhão de euros por ano e podemos investir esses 2% no nosso desenvolvimento”, sublinhou Róbert Fekete, presidente da Fókusz Logistics.
As empresas de transportes pagam uma taxa ao Estado. 40% desse valor reverte para aldeia.
Graças à mudança de política fiscal, as infraestruturas locais foram renovadas. A aldeia investiu na agricultura e tornou-se quase autosuficiente.
Quem mais beneficia com esta situação é o Estado porque a maior parte do rendimento vai para o Estado. As empresas dão trabalho às pessoas. Os camiões têm matrículas húngaras, pagam o seguro e outras despesas na Hungria, sublinhou o presidente da junta de freguesia.
Apesar de a aldeia se situar numa zona remota, o novo estatuto de paraíso fiscal trouxe benefícios.
“Aqui não há rede de telemóveis, mas isso não impede o desenvolvimento da aldeia. Para o presidente da junta, o desenvolvimento local depende de três fatores, vontade, cooperação e sucesso na captação de fundos europeus”, afirmou Beatrix Asboth.
Fontes:
euronews