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A cura

Paracelsus: "O que cura é o amor."

Trabalho escravo, cada vez mais actual?

Terça-feira, 14.03.17

Queixa de uma trabalhadora da cadeia de supermercados/hipermercado Continente. 

Os hipermercados são um lugar horrível: cínico, falso, cruel. À entrada, os consumidores limpam a sua má consciência reciclando rolhas e pilhas velhas, ou doando qualquer coisa ao sos hepatite, ao banco alimentar ou ao pirilampo mágico. Dentro da área de consumo, cai a máscara de humanidade do hipermercado: entra-se no coração do capitalismo selvagem.


O consumidor, totalmente abandonado a si próprio (é mais fácil de encontrar uma agulha num palheiro do que um funcionário que lhe saiba dar 2 ou 3 informações sobre um mesmo produto), raramente tem à disposição mercadorias que, apesar do encanto do seu embrulho, não dependam da exploração laboral, da contaminação dos ecossistemas ou de paisagens inutilmente destruídas. Fora do hipermercado, os produtores são barbaramente abusados pelo Continente (basta que não pertençam a uma multinacional da agro-indústria), que os asfixia até à morte e, quando há um produtor que deixa de suportar as impossíveis exigências que lhe são impostas, aparece outro que definhará igualmente, até encontrar o mesmo fim. Finalmente, nas caixas do hipermercado, para servir o consumidor como escravos idênticos aos que fabricaram os artigos comprados, estamos nós.

O hipermercado está portanto no centro da miséria que se vive hoje no mundo. O consumidor, o produtor e nós temos uma missão comum: contribuir para que os homens mais ricos do planeta fiquem cada vez mais ricos – contribuir para que a riqueza se concentre como nunca antes na história. Se somos todos diariamente roubados e abusados, é por este mesmo e único motivo.

Vou-vos relatar apenas a minha banal experiência diária (sem pontos de exclamação já que o escândalo é comum a qualquer um dos tópicos que irei descrever). Espero que sirva de alguma coisa, apesar de saber que ninguém se incomodará muito com ela. Afinal, é a mesma selva que está já em todo o lado.

1 – salário

Trabalho 20h semanais em troca de 260€ mensais, o que dá pouco mais de 3€ por hora. Que isto se possa pagar a alguém em 2015 devia ser motivo de vergonha para um país inteiro. Que seja um milionário a pagar-me esta esmola devia dar pena de prisão efectiva.

2 – precariedade

Já vou no terceiro ‘contrato’ de seis meses e ainda não passei a efectiva. Quando chegar a altura em que poderei finalmente entrar para o quadro, serei dispensada como tantas outras. A explicação para a quebra brutal na natalidade está encontrada: afinal, alguém consegue ter filhos nestas condições?

3 – trabalho não remunerado fora do horário de trabalho

Se o futuro é uma incógnita, o presente é sempre igual: todos os dias, sem excepção, trabalho horas extra grátis que me são impostas. O meu horário de saída é às 15h mas, depois dessa hora, ainda tenho para executar várias tarefas obrigatórias, que me levam entre 15 a 20 minutos diários, como arrumar os cestos das compras e os artigos que os clientes deixam ficar na caixa ou guardar o dinheiro no cofre. No quase ano e meio que levo a trabalhar no Continente, devo ter saído uns 5 dias, no total, à hora certa. E já cheguei a sair uma hora e meia depois das 15h, apesar de os meus superiores saberem muito bem que dali ainda vou para outro trabalho e de, por isso, eu ter sempre imensa pressa para não me atrasar.

4 – trabalho em dias de folga

Para perpetuar a falta de funcionários na loja, obriga-se aqueles que lá estão a trabalharem pelos que fazem falta, oferecendo assim todos os meses algumas horas do seu tempo de vida e de descanso ao patrão, que deste modo poupa no número de salários a pagar. Mais absurdo: num dia em que esteja de folga, posso ser convocada para ir à loja para fazer inventário. Sou obrigada a ir, apesar de estar na minha folga, e apenas posso faltar mediante justificação médica. E, como se não bastasse, até já aconteceu eu ser avisada no próprio dia da folga.

5 – cada segundo de exploração conta

Neste ano e meio, cheguei uma única vez 5 minutos atrasada e a minha superior foi logo bruta e agressiva comigo, tendo-me gritado e agarrado pelo braço, apesar de supostamente haver uma tolerância para se chegar até 15 minutos atrasada. Nunca mais voltei a atrasar-me. Nem 10 segundos. (Já sair pelo menos 15 minutos mais tarde do que a hora prevista, isso é todos os dias.)

6 – formatação do corpo

Relativamente à aparência física, devemos formatá-la meticulosamente, ao gosto sexista do patrão. Na loja onde trabalho, várias colegas tiveram por isso de eliminar os seus pírcingues, apagar também a cor das unhas (lá só é admitido o vermelho) e uma até teve de mudar de penteado. O patrão quer que nos apresentemos como autênticas bonecas. Faz lembrar os escravos que eram levados para as Américas, a quem se retiravam as suas marcas corporais para serem explorados sem outra identidade que a de escravos (seres humanos transformados em mercadorias).

7 – pausa para comer/urinar/descansar é crime

Mas o pior de tudo é mesmo o que acontece durante o tempo de trabalho. Os meus superiores querem que eu esteja as 4 horas sentada a render o máximo que é humanamente possível, por isso, dificultam ao máximo as minhas pausas – que são legais e demoraram séculos a conquistar – para ir comer qualquer coisa ou ir simplesmente à casa de banho. A única coisa que me autorizam a levar para junto de mim, no meu posto de trabalho na caixa, é uma garrafinha de água previamente selada e nada mais. De resto, o que levar para comer e beber (sumos e iogurtes líquidos não podem ir comigo para a caixa) tenho que deixar no Posto de Informações e só tenho acesso quando da caixa telefono para lá. Normalmente, no Posto, fazem que se esquecem desses pedidos, passando uma eternidade até eu finalmente conseguir ir comer. E, quando a muito custo lá consigo obter autorização para ir comer, sou pressionada para ser ultra rápida, pelo que em vez de mastigar estou mais habituada a engasgar-me. O mesmo acontece com as idas à casa de banho, sempre altamente dificultadas.

8 – gerem-nos como se fôssemos animais

Há uns tempos, uma colega sentiu-se mal quando estava na caixa, fartou-se de pedir licença para ir à casa de banho, mas foi obrigada como de costume a esperar tanto, tanto que lá se vomitou, quase em cima de um cliente.

Não se calem e denunciem todos os abusos nas redes sociais e nos blogs.

(gostava imenso de assinar, mas os 260€ do salário fazem-me tanta falta).

 

Obs.:

Não sei se a história é verídica ou não porém não me admirava nem um pouco que fosse mesmo verdadeira já que a realidade no sistema actual é essa mesma. Casos desses abundam em demasia.

Os centros comerciais e hipermercados, mais não são do que novas seitas que cultuam o dinheiro e a megalomania, o lucro e a exploração de tudo e todos que sejam apanhados nas suas malhas. Para piorar ainda mais a situação, estes locais vendem alimentos que são provenientes geralmente de monoculturas, originando assim produtos alimentares artificiais talvez bonitos à vista mas sem vitalidade, sem alma e muito pobres em nutrientes. Daí não nos podermos admirar que as pessoas comam cada vez mais quantidades industriais, sem se sentirem realmente saciadas ou só difícilmente, gerando uma população obesa, doente e infeliz.

Conheci produtores de alimentos e sem ser de alimentos que produziam para o Continente, os quais sofriam imensas pressões por parte do Continente,  subjugando-se a condições arruínosas para a saúde e economia, onde as margens de lucro dos produtores eram espremidas até à última gota mas que depois esses mesmos produtos são vendidos pelo Continente com margens falusas de 300% e até mais.

São já conhecidos casos em países como EUA onde taxistas ganham pouco mais do que 2 euros/h ou na Alemanha onde os refugiados trabalham a troco de 1 euro/h.

Is alários no EUA de hoje estão em média equivalentes aos dos anos 70, ou seja houve uma perda significativa dos salários face à inflacção. Um pouco do mesmo se tem vindo a assistir na Europa.

Enquanto isso, na China os salários têm vindo a aumentar e subiram ultimamente em média 100%. É já conhecido, casos de várias profissões na China que já ganham mais do que quando comparados com outros europeus.

E você, frequenta e faz compras neste tipo de hipermercado? Se sim então saiba que está a ser conivente com este tipo de situação. 

Prefira antes comprar nas lojas do seu bairro e de preferência o que é de comércio justo. Se assim fizer, todos ganhamos, inclusive o ambiente.

 

 Temas relacionados:

TRABALHO: A SOBRECARGA

ALIMENTAÇÃO INDUSTRIALIZADA USADA PARA CONTROLAR O SER HUMANO

RENDIMENTO BÁSICO INCONDICIONAL PARA TODOS

PARAÍSOS FISCAIS: VOCÊ PAGA E OUTROS VIVEM ÀS SUAS CUSTAS

ALEMANHA: QUEM GANHA MAIS VIVE MAIS TEMPO

 

Fonte:

obeissancemorte

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A água é de todos


12 comentários

De outra empregada do continente a 14.03.2017 às 18:06

as coisas são assim ou ainda piores no grupo continente somos escravas e nem podemos ir a casa de banho já cheguei ao ponto de fazer nas calças por não ter direito a ir a casa de banho aquilo é do piorio.

De Medicinas Alternativas a 15.03.2017 às 09:30

Bom dia, a situação que descreve é mesmo muito grave. O hipermercado Continente tem de mudar de atitude, caso contrário merece ser encerrado. A escravatura não devia ter lugar na sociedade da actualidade.

De O ocidente é decadente a 14.03.2017 às 18:12

O ocidente está em declínio evidente e não tem salvação se assim continuar.
Apelo ao boicote a tudo que seja da Continente.

Há pouco, o WikiLeaks publicou um vazamento de documentos sobre o funcionamento da CIA. Situação sem precedentes: o lote de informações Vault 7 (Cofre 7, em inglês) representa, principalmente, um arquivo de códigos dos programas hackers da inteligência americona que, no momento, todo o mundo pode usar – tanto um criminoso como um estudante.

Agência Central de Inteligência americona (CIA na sigla em inglês)

Analista sobre recentes revelações do WikiLeaks: 'Não há dúvidas que alguém nos escuta'
A diversidade de oportunidades é impressionante. Trata-se da contaminação por vírus e controle remoto dos computadores e sistema operacional Microsoft Windows. A mesma coisa pode ser feita com dispositivos baseados no iOS, inclusive iPhones e iPads. Chamadas, mensagens, e-mail eletrônico e fotografias dos smartphones com plataforma Android também podem ser perseguidos e controlados.
Mas há um programa que ultimamente tem sido especialmente repercutido. Chama-se Anjo Chorando e foi desenhado pela CIA junto com os britânicos do MI5 (serviço britânico da inteligência informativa). O chamado Anjo contamina as televisões inteligentes Smart TV que viram tão "inteligentes" que gravam as conversas telefônicas dos seus utilizadores e convidados de casa e mandam gravações pela Internet diretamente para os servidores especiais da inteligência americana.
Mais um pormenor curioso — entre os documentos publicados há um vasto leque de endereços IP em vários países que poderia ser usado (ou já foi) pelos especialistas da CIA.

Deste modo, a situação parecia assim como se a supervisão fosse conduzida de outros países. Por exemplo, os jornalistas de Sófia, capital búlgara, já conseguiram encontrar 150 países em várias entidades: empresas de telecomunicações, fornecedores de Internet, bancos e universidades.

Nesta lista, há também vários endereços russos, entre eles diferentes departamentos da Academia de Ciências da Rússia, umas das maiores empresas de comunicações e até… o Ministério do Interior.
Se alguma investigação particular ou estatal mostrasse que para atacar, por exemplo, entidades americanas tivessem sido usados endereços do Ministério do Interior russo, o escândalo seria grandioso. E já houve tal tentativa. Em dezembro de 2016, o governo americão publicou um relatório, no qual enumerou os endereços "suspeitosos e relacionados com os hackers russos", inclusive localizados diretamente na Rússia.

Entre os documentos do WikiLeaks há um questionário que deve ser preenchido por cada funcionário da ciberinteligência antes de começar uma operação hacker, indicando que tipo de sistema se pretende 'hackear', quais dados precisa receber e qual vírus se planeja usar, além do alvo e objetivo do ataque.

Mas, infelizmente, não há terroristas, extremistas e criminosas entre as opções. Lá tem apenas "agentes", "serviços secretos estrangeiros", "governos estrangeiros", bem como "sistema administrativo ou alvo técnico parecido".
Parece que os terroristas (que, bem como outras pessoas, usam computadores, telefones, tablets e televisões) podem se integrar na seção "Outros", porém, o fato mostra de modo bem evidente a ausência de tal objetivo na inteligência americona.

De Família Moreira a 14.03.2017 às 21:26

Foi decidido no ano 2010 que a marca Continente e derivados nunca iria entrar mais em nossa casa, proibido por assim dizer e desde então nunca mais compramos nada dessa teia de hipermercados que suga tudo à sua passagem.

De Medicinas Alternativas a 15.03.2017 às 09:29

Obrigado pelo seu comentário.
Uma boa acção que merece ser seguida por muitas famílias para que este mundo melhore a cada passo.

De Trabalhador a 14.03.2017 às 22:16

Por onde anda a ASAE? Ah é verdade ela só persegue ciganos e pequenos peixes. Por onde anda a fiscalização do trabalho? Ah pois só fiscaliza o peixe miúdo.
O PS mais o PSD e o CDS tudo farinha do mesmo saco e quem vota nestes tipos é da mesma laia.

De Medicinas Alternativas a 15.03.2017 às 09:27

Bom dia "Trabalhador", pois, a fiscalização parece que só funciona para alguns.
Num Estado de direito devia ser tudo por igual mas na prática...

De João Xavier a 14.03.2017 às 22:28

Conheço pessoalmente casos do Continente onde as margens de lucro são fabulosas a rondarem os 900% de lucro.
Eu nunca aceitaria trabalhar lá ou trabalhar para esses esclavagistas dos hipermercados Continente.
O cliente é que é inconsciente e vai lá para se lixar a si próprio mas pode ser que um dia acorde, talvez acorde antes de morrer asfixiado pela máquina vampira Continente.

De Medicinas Alternativas a 15.03.2017 às 09:19

Xavier, obrigado pelo seu comentário.
Com lucros de 900% do Continente, também eu assim ficava multimilionário em pouco tempo.
A questão é a consciência e a sensatez que diz que nas trocas e nas acções tem de haver equilíbrio e justiça.
Para uns ganharem tudo muitos vão perder e muito.

De belisa a 15.03.2017 às 09:04

Só entrei 1 vez no continente, há muitos anos, é sítio que não frequento, não gosto de grandes hipermercados, a qualidade dos produtos deixa muito a desejar. Portanto comigo continente e similares nunca se governaram.
Grandes empresas, grandes negócios, e nem sempre de maneira lícita....Portanto não me admira quem em poucos anos ganhou milhões, explorando os seus trabalhadores, o Eng. Belmiro tem contas a dar ao muito sofrimento provocado aos seus trabalhadores, se for religioso, o que não acredito, consciência é algo em falta....

De Medicinas Alternativas a 15.03.2017 às 09:16

Belisa, obrigado pelo seu comentário.
De facto o hipermercado Continente é grande na exploração do próximo e pequeno em consciência.
Os clientes que frequentam aquele local, também não são ricos no que toca à consciência, se fossem evitariam a todo o custo lá entrar.

De A Continente a trafulha a 15.03.2017 às 10:55

Esta empresa devia ser encerrada e obrigada a pagar centenas de milhões de euros por andar a enganar o povo e o fisco. Durante anos e anos nunca pagou impostos ou na melhor das hipóteses por volta dos 5%.
Boicotem todos os hipermercados Continente.

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